sábado, 21 de fevereiro de 2009

Puzzle

Sabe cara, acho que sempre estamos tentando explicar como a vida é, tentando entender quando deveriamos talvez tentar apenas aceitar e viver da melhor forma que podemos, não há milagre nenhum em tentar ser bom e ser melhor, não há como mudar o passado e também não se pode prever como as coisas vão ser daqui pra frente.

Apesar disso, to sempre pensando, to sempre querendo entender, sempre achando que estou mais próximo que antes de alguma coisa, de algo que não sei nem o que é.

Não importa muito pensar sobre isso agora, mas quero que saiba que pessoas como eu precisam de alguma coisa para poder continuar vivendo, precisam de pessoas e de convicções.

Sabe como sou cheio de manias, sabe como há pessoas que tem manias.

Não é facil fazer um ser humano mudar, não é nada facil mudar a si mesmo. Acho impossível se mudar por alguem.

Dentro dessas coisas, se algum dia eu tiver algum filho, gostaria de contar uma história que eu aprendi, que desenvolvi, que pode não ser uma lanterna para quem anda no escuro, mas funciona como uma intuição para tentar seguir em frente, principalmente quando não se tem idéia de como prosseguir.

Aliás, não saber o que se vai enfrentar é uma sensação estranha, há o medo e há também a tristeza, a impotência de não se sentir capaz de mudar o que não se sabe..

bom... pode ser...

mas pode não ser tambem, já que não se sabe o que se vem, que a vida funcione como uma caixa preta, não se sabe o durante, se sabe como começou... com uma bela foda na melhor das hipóteses... e se sabe como vai terminar... com a morte, digna ou não, qualquer coisa ou nenhuma coisa.. sempre há a morte em nosso horizonte, como se nossa história fosse quase que anunciada.

Bom, mas como te falei, não sabemos o que há nesse caminho todo que trilhamos, querendo, escolhendo ou não..

Gosto de pensar na vida como um quebra cabeças, onde no começo de tudo nos deram a possibilidade de infinitas peças.

Gosto de pensar que cada coisa que fazemos, que cada pessoa que conhecemos funciona como uma destas peças, que as vezes podemos juntar umas com outras, as vezes umas encaixam melhor com outras. Como em qualquer quebra cabeças, montamos grupos de peças e tentamos ver como estes se encaixam em algo mais, na figura maior.

Bem, as vezes quando ficamos sem saber onde encaixam as peças, podemos tentar olhar pra figura maior, podemos tentar apenas saber qual é a figura q estamos montando, podemos tentar olhar com mais precisão algum ponto em específico ou tentar achar uma peça em especial que esteja faltando.
O que for, apenas precisamos montar.
O que importa para mim nisso?

Ainda não sei se é a figura em si, ou se é quem me ajuda a montar ou cada peça que eu monto.
Talvez seja todos ou nenhum, como divaguei no início cara, talvez estejamos mais preocupados em tentar explicar como as coisas são e menos preocupados em viver a vida em si, que talvez, assim como todos os talvez que te mencionei, talvez seja o que realmente importa.

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