terça-feira, 18 de maio de 2010

OS BONS

Vou escrever sobre um assunto que penso mto as vezes. É um assunto um tanto quanto evitado e por vezes até proibido. Quero discutir sobre ser bom.
Ninguém assume que é bom ou que é fraco.
Mas vamos delinear, claro. Vou ser objetivo. Vamos pensar sobre ser bom profissionalmente, tecnicamente.
De início vou postular algo que considero básico (embora nem todo mundo concorde): Tudo pode ser ensinado e aprendido. Tudo mesmo? Sim, tudo mesmo.
Não sejamos míopes, quem não sabe matemática pode estudar tanto quanto for necessário e aprender matemática. Quem não sabe fazer sexo pode aprender e treinar o quanto quiser até ficar bom nisso. Quem não sabe viver e ser responsável, pode aprender. A lista segue..
Algumas coisas somos, pela realidade brasileira, mais forçados a aprender e se acostumar em relação a outras coisas. Somos forçados a aprender a ter fibra e determinação (“quem não vence pelo talento, vence pelo esforço”). Somos também forçados a aceitar que as coisas estão bem quando estão simplesmente “mais ou menos”. Somos por fim, forçados e mal acostumados a fazer tudo pelo menor esforço, pelo infame “jeitinho”. Não somos forçados a saber e aplicar matemática, tanto faz se somos bons em física ou estatística, ninguém se importa se alguem quer fugir do óbvio, por que em muitos casos, ninguém gosta do cdf ou do certinho ou de quem quer fazer aquilo que chamam “pelo certo seria…”.
Agora, fala-se muito sobre falta de oportunidades. Fala-se também que as pessoas não são preparadas para lidar com outras pessoas, fala-se que os cursos não preparam bem, que os professores não conhecem a realidade do mercado; fala-se que tudo esta tão ruim que simplesmente não tem sentido se formar.
Mas que balela!
Vou postular a segunda coisa aqui: Quem quiser chegar a algum lugar, tem que primeiro saber o que quer pra si.
Sinceramente,
Claro que nem sempre as coisas estão ideais,
Mas acredito fortemente que elas podem ser tão ideais quanto nós pudermos ser e fazer elas serem.
Existe uma coisa que se chama mercado de trabalho.
O mercado de trabalho não quer saber se você tem sentimentos, não gosta de beatles ou passa dias amaldiçoando o por que o mundo é tão injusto. O mercado de trabalho é impessoal, é quase como uma amante: tão boa com vc quanto sua conta bancária é boa.
Traduzindo.
Há empregos por ai, há oportunidades, as portas estão e estarão sempre abertas!
A questão fundamental é que as pessoas não são boas o suficiente.
Sério, não basta formar numa federal ou etc?
Sim, eu acredito que simplesmente, o mercado de trabalho não ta nem ai para onde você se formou ou o quão gente boa vc é. O mercado de trabalho oferece remuneração alta para quem tem fluência em inglês e espanhol, para quem foi atrás de saber como é ser gestor de pessoas e para quem aprimorou e desenvolveu características de liderança. O mercado de trabalho está de pernas abertas para quem sabe tomar uma decisão com responsabilidade e conhecimento, para quem quer fugir do achismo e fazer as coisas direito. O mercado de trabalho oportuniza quem é oportunista e sabe aproveitar cada chance. O mercado simplesmente oportuniza quem foi treinado a ver oportunidades onde os outros veem problemas. O mercado de trabalho esta aí dizendo a todo dia o que as pessoas precisam para ser bons profissionais e mesmo assim, as pessoas ignoram, fingem não perceber e simplesmente culpam a falta de sorte pelo infortúnio de conseguirem empregos medíocres e não ficarem ricas.
Mas ai, geralmente as pessoas adoram fazer um drama sobre a profissão ser um condicionante de felicidade, sobre ser bem sucedido e ser FELIZ tendo relações com o mercado de trabalho (já definido como uma amante ingrata). Postumo a terceira e última coisa:
A medida das oportunidades que as pessoas não tem está definida pela quantidade de portas que a pessoa fecha quando assume que simplesmente não gosta, não quer ou não escolhe por não saber onde quer chegar.
Então pergunto,
Você quer ser bom? Quer ser rico?
Simplesmente, seja!

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